quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Ébola: Passageiros com febre à chegada ao aeroporto de Luanda passam a quarentena Angola passa a risco “moderado a alto” de infecção

Os passageiros que entrarem em Angola através do aeroporto internacional de Luanda com sintomas de febre vão ficar em quarentena, como forma de despistar eventuais casos de Ébola, informou esta terça-feira, dia 26 de Agosto, a directora provincial de Saúde.
De acordo com Rosa Bessa, no aeroporto internacional 04 de Fevereiro, em Luanda, já funciona em permanência uma equipa de saúde para inspecção dos passageiros, agora munida de sensores de temperatura tendo em conta que um dos principais sintomas do Ébola é a febre.
"Aqueles casos que chegarem ao país com febre, detetada por estes sensores, terão de ser encaminhados para quarentena e fazer-se uma investigação", explicou a directora provincial de Saúde de Luanda, Rosa Bessa.
Angola passou a integrar o grupo de países com risco "moderado a alto" de infecção por Ébola, depois de casos confirmados na República Democrática do Congo (RDCongo), avançou na segunda-feira à Lusa a Directora Nacional de Saúde Pública.
"Até há uma semana, Angola era considerada como um país de baixo-médio risco. Neste momento entra para o grupo de países com risco moderado a alto, porque tem um país vizinho com a epidemia confirmada", explicou Adelaide de Carvalho, referindo-se à classificação internacional sobre a propagação da doença.
As autoridades sanitárias angolanas estão agora a "redobrar" e a "acelerar" a mobilização de equipas para o controlo, alerta e vigilância sanitária, nomeadamente nos postos de fronteira a norte.
A evolução da propagação do Ébola por vários países do continente africano e as medidas de proteção adoptadas em Angola foram analisadas esta terça-feira pela Comissão para a Política Social do Conselho de Ministros, que decorreu sob orientação do vice-presidente da República, Manuel Vicente.
"Temos de estar mais atentos à movimentação de pessoas, mas não entrar em pânico", defendeu o ministro da Saúde, José Van-Dúnem, no final desta reunião, a propósito dos sintomas da infecção por Ébola, que podem ser reconhecidos pela população.
De acordo com o Executivo, a forte movimentação de pessoas com a RDCongo - Angola, através de sete províncias, partilha uma vasta fronteira terrestre com aquele país - já obrigou à adopção de "medidas preventivas". Nomeadamente ao nível da vigilância das fronteiras, com agentes de segurança e militares munidos de elementos de biossegurança.
26 de Agosto de 2014

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